A judicialização do home care e os limites da justiça gratuita: reflexões a partir da experiência médica pericial e dos recentes escândalos de fraude no Rio Grande do Sul

Autores/as

  • Luana Carolina Bonfada GPDeC
  • Maurice Rodrigues Uebel UFSM

DOI:

https://doi.org/10.37767/2591-3476(2025)10

Palabras clave:

Direito à saúde, Home care, Perícia médica, Fraudes, Rio Grande do Sul, Derecho a la salud, Asistencia domiciliaria, Pericia médica, Fraude, Right to health, Medical expertise, Fraud

Resumen

O direito à saúde é constitucional e internacionalmente reconhecido, seja de forma pública ou privada, todo cidadão merece ter tal direito fundamental assegurado. O tratamento em home care há muito vem sendo concedido com base, principalmente, na jurisprudência dos Tribunais Superiores. Recentemente no estado do Rio Grande do Sul o Ministério Público desencadeou operações para desmantelar esquemas fraudulentos envolvendo a concessão de tais tratamentos, evidenciando prejuízos financeiros exorbitantes aos cofres públicos. Com isso, a presente escrita faz análise da pertinência do trabalho desempenhado pelo Parquet mas, sobremaneira, da imprescindibilidade da perícia médica minuciosa para a concessão dos referidos pleitos. A partir deste trabalho indispensável a ser realizado pelo perito médico, se evidencia como a justiça gratuita não tem capacidade financeira para suprir tais custos a longo prazo. 

Biografía del autor/a

  • Luana Carolina Bonfada, GPDeC

    Advogada. Mestra em Desenvolvimento com ênfase em Políticas Públicas. Especialista em Direito Público.
    Pesquisadora no Grupo de Pesquisa em Gestão e Políticas Públicas, Desenvolvimento, Comunicação e Cidadania-GPDeC.

  • Maurice Rodrigues Uebel, UFSM

    Médico pela Universidade Federal de Santa Maria/RS (UFSM). Perito Judicial. Pós graduado em Perícia Médica.

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Publicado

15.09.2025