Corpos (não)ideais em movimento no contexto da transgeneridade: as mulheres trans migrantes e a (in)efetivação do direito humano à saúde a partir da decolonialidade
DOI:
https://doi.org/10.37767/2591-3476(2025)01Palabras clave:
Direito Humano à Saúde, Mulheres trans migrantes, Colonialidade, DecolonialidadeResumen
O objetivo é fabricar uma imbricação crítica entre o direito humano à saúde e a mobilidade humana global pelas migrações. A base teórica utilizada para a articulação da pesquisa é a Teoria Decolonial, pautando-se no método hipotético-dedutivo, instruído por uma análise bibliográfica e documental. Diante do entrelaçamento entre os eixos saúde, migração e colonialidade, questiona-se: A decolonialidade pode ser vista como um caminho para a efetivação do direito humano à saúde das mulheres trans migrantes? Constata-se que a colonialidade estabelece um corpo ideal (hétero, masculino e branco) reduzido ao binário, utilizado como padrão para o estudo e a aplicação de práticas e políticas de saúde, excluindo o corpo das mulheres trans migrantes. Logo, a decolonialidade, enquanto um movimento de resistência e desmantelamento da colonialidade, pode ser vista como um caminho para desconstrução do corpo idealizado, contribuindo para a efetivação do direito humano à saúde às mulheres trans migrantes.
Referencias
Aguiar, A. C. (2023). Saúde e cuidado como produção de vida: para descolonizar e corazonar a Saúde Coletiva. 2023. 215 f. Tese (Doutorado) - Curso de Programa de Pósgraduação em Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2023. Acesso em: 05 mar. 2025.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. (1988). Disponível em: https:// www. planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 05 mar. 2025.
BRASIL. Lei Nº 8.080, de 19 de Setembro de 1990: Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. (1990). Disponível em:https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em: 05 mar. 2025.
Collado, V.; Shuña, R. B.; Botero, M. P.; Torrez, P. R.P. (2022). Manual de atendimento humanizado aos migrantes internacionais LGBTQI+ [livro eletrônico]. Rede MILBi+. São Paulo: Ed. dos Autores.
Costa, S.; Rodrigues, L. (2022). (Des)constução das identidades de mulheres trans migrantes trabalhadoras do sexo em Portugal. In: Repositório Aberto da Universidade do Porto (Portugal). Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/143631/2/574922.pdf. Acesso em: 09 mar. 2025.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (DUDH). In: UNICEF (1948). Disponível em: htps://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos. Acesso em: 05 mar. 2025.
Maldonado-Torres, N. Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze.; GUITZEL, Virgínia. Poesias TRANS: A arte da resistência I. Esquerda Diário. Disponível em: https://www.esquerdadiario.com.br/spip.php?page=gacetilla-articulo&id_article=4812 Acesso em: 27 fev. 2025.
Maldonado-Torres, N.; Grosfoguel, R. (org.).(2018). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, p. 27-54.
Marinucci, R. (2020). Pessoas Migrantes E Refugiadas LGBTI. In: Revista Interdisciplinar de Mobilidade Humana (REMHU). Brasília, v. 28, n. 58, abr., p. 7-13. Disponível em: https://www.scielo.br/j/remhu/a/Ck3QqcY6JhDGdtn8dC36Dmn/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 10 mar. 2025.
Meneses, C. S.; Ennes, M. A. (2023). Chegadas e partidas da “Diáspora Trans”: processos migratórios e trânsitos de gênero entre mulheres trans e travestis. In: – Periódicus: Revista de estudos indisciplinares em gêneros e sexualidades. Publicação periódica vinculada ao Núcleo de Pesquisa NuCuS, da Universidade Federal da Bahia – UFBA. n. 19, v. 2, jul-dez.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL PARA AS MIGRAÇÕES (OIM). Manual De Atendimento Jurídico A Migrantes E Refugiados. (2022). Disponível em: https://brazil.iom.int/sites/g/files/tmzbdl1496/files/documents/manuais_cap12_dig_1.pdf. Acesso em: 09 mar. 2025.
Preciado, P. B. (2022a). Eu sou o monstro que vos fala: Relatório para uma academia de psicanalistas. Tradução Carla Rodrigues. 1ª Edição. Rio de Janeiro: Zahar.
Preciado, P. B. (2022). Manifesto Contrassexual: práticas subversivas de identidade sexual. Tradução Maria Paula Gurgel Ribeiro. 1ª edição. Rio de Janeiro; Zahar.
SERVIÇO JESUÍTA AOS MIGRANTES E REFUGIADOS (SJMR). Visibilidade Trans. (2022). Disponível em: https://help.unhcr.org/brazil/wp-content/uploads/sites/8/2022/02/sjmr-poa-visibilidade-trans-WEB-1.pdf. Acesso em: 10 mar. 2025.
Souza, F. de A. (2019). O saber-corpo e a busca pela descolonização da saúde coletiva. Saúde em Debate, [S.L.], v. 43, n. 8, p. 189-202,. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sdeb/a/jHN7m3PRw6RfkV6pT3gSBrH/abstract/?lang=pt. Acesso em: 05 mar. 2025.
Ventura, D. (2013). Direito e Saúde Global: O caso da pandemia de gripe A (H1N1). São Paulo: Dobra Editorial.
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Revista Derecho y Salud │Universidad Blas Pascal

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.